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40 ANOS DA COLPOL: CARTA DE UM DOS FUNDADORES

admin Comente 20.11.19 1825 Vizualizações Imprimir Enviar

Quarenta anos se passaram para a COLPOL-RJ, mas o entusiasmo e a disposição do dia de sua fundação permanecem intactos.

A Coligação se mantém firme na luta pela classe Policial Civil e a cada ano que passa ficamos mais experientes nas batalhas diárias.

Nesse período de comemoração por quatro décadas bem vividas em todas as conquistas, queremos compartilhar a visão emocionante de um dos nossos especiais fundadores, Sr. Almir Lopes da Silva, Detetive Inspetor aposentado, e com muitas boas recordações da fundação da Coligação dos Policias Civis do Rio de Janeiro – COLPOL/RJ.

Leia a carta abaixo:

40 ANOS DA COLIGAÇÃO DOS POLICIAIS CIVIS
Antes de iniciar minhas palavras, faz-se necessário que eu me identifique com
todos vocês.
Meu nome é ALMIR LOPES DA SILVA, sou Detetive Inspetor Aposentado,
matrícula 0.115.767-6, vim da Polícia de Vigilância do Rio de Janeiro,
trabalhei no Serviço de Rádio Patrulha, depois, fui transferido para antigos
Postos de Vigilância, e após minha promoção para Detetive, fui removido e
passei por várias Delegacias Policial, onde passei a vagar por uma série de
regiões. Finalmente, fui promovido a Detetive-Inspetor, cargo com o qual
eu me aposentei. Uma coisa foi importante para mim, nunca me afastei dos
estudos, mesmo nos plantões noturno, eu tentava o futuro, e consegui concluir
o ensino médio, formei-me em Direito, mas não parei, pois conclui o
Doutorado e, finalmente, cheguei ao Pós-Doutorado em Ciências
Criminais. Faço votos que vocês tenham a mesma sorte e cheguem a um final
feliz para todas suas famílias.
Mas quem diria que chegaríamos até esta data, para comemorar os 40 (quarenta)
anos de existência da Coligação dos’ Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro?
Muitos’ posso afirmar, e porque não dizer, que uma grande maioria, era formada
por policiais descrentes, que não acreditavam que um dia aquela instituição que
pretendíamos criar, pudesse produzir frutos para uma classe sem qualquer
perspectiva de vida profissional e funcional; muitos policiais faziam críticas do
nosso pequeno grupo de policiais, que com toda força de vontade, combatia
bravamente, não contra os descrentes, mas, principalmente, contra a
Administração do Estado especialmente, da cúpula da instituição (Polícia Civil).
Naquela época, a única instituição de classe que era reconhecida pela
Administração, era a dos Comissários e, depois, se transformaria na ADEPOL –
Associação dos Delegados de Polícia, a verdade é de que não havia um respeito a
instituição que estava sendo criada na Polícia.
Foi nesta oportunidade que um grupo de policiais CIVIS, levados pelo espírito
classista, passou a promover reuniões em pontos diversos, no período noturno,
como por exemplo, no prédio da antiga Delegacia de Menores, na Academia de
Polícia e percorrendo vários pontos do Rio de Janeiro onde existia uma Delegacia
de Polícia, bem como em outros prédios da Polícia, ali eram debatidos assuntos
de interesse da categoria. No princípio o grupo fazia com certo receio, tendo em
vista o momento político. da’ época e pelo fato do Comando da Polícia se encontrar
nas mãos de um General. Mas nada disso impediu o nosso desenvolvimento,
aumentamos o número de associados, tanto que passamos a ser respeitados até
por ele, General.
Isso me faz lembrar uma passagem numa audiência com o Secretário, na época
General, que depois de nos dar uma canseira na antessala, ao adentrar em seu
gabinete, ele permaneceu sentado atrás de sua mesa, enquanto o grupo de três
dirigentes classista, permanecia em pé. Eu me referindo a ele, disse: General, na
minha casa eu mando a visita se sentar para ouvi-Ia e conversar.
Imediatamente ele se levantou e se dirigindo ao sofá existente no seu gabinete,
mandou que nos acomodássemos.
Lembro-me das assembleias realizadas aqui na frente, na Av. Gomes Freire,
trancando as ruas; isso incomodava muita gente, principalmente os Delegados
que se encontravam empoleirados no comando da Polícia. Tudo isso mudou. O
respeito com a nossa instituição – Coligação – é grande e nacionalmente, não só
pelos serviços prestados, mas pela sua combatividade.
Não faltava lugar para que houvesse um discurso estimulando outros policiais a se
filiarem a essa magnifica instituição. Lembro-me, de uma passagem tragicômica
quando se fazia um sepultamento de um policial no Cemitério de Ricardo de
Albuquerque. Eu me encontrava muito exaltado pelo ocorrido. De repente, subi
numa sepultura e passei a fazer um discurso exaltado, eis que, repentinamente, a
tampa’ da sepultura se abriu, o chão faltou aos meus pés, e fomos todo para
dentro da sepultura. Nem por isso, eu deixei de usar da palavra. Foi assim que a
Coligação surgiu e solidificou-se na sua linha de representação.
Amigos e irmãos, tudo isso que vocês estão ouvindo aqui neste momento, foi o
que me fez participar da FUNDAÇÃO COLIGAÇÃO. Aposentei-me, fui morar no
Tocantins, ali fiz concurso para Delegado de Polícia, passei a lecionar para jovens
do 2° grau, depois fiz concurso para o Magistério da Faculdade UNIRG, e fui
lecionar na área do DIREITO. Prosseguindo, conclui o DOUTORADO e a seguir o
PÓS-DOUTORADO na área criminal. Estou muito satisfeito por participar deste
momento tão importante para todos nós, principalmente, ter a certeza de que,
aqui está a minha contribuição para a nossa Polícia, e, também, com a certeza de
que o futuro e o desenvolvimento dessa categoria muito vão depender da FORÇA,
DA UNIÃO E DA VONTADE DE DIAS MELHORES.

CARTA – ASSOCIADO ALMIR LOPES DA SILVA – FUNDADOR (Clique aqui para carta em PDF)

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