COLPOL-RJ participa de ato convocado pela UPB para dizer NÃO à PEC 06/2019

A COLPOL-RJ participou hoje de manhã, no Aeroporto Santos Dumont, de um ato organizado pela União dos Policiais do Brasil (UPB) em defesa do direito a uma Reforma da Previdência justa a todos os profissionais de Segurança Pública. O ato aconteceu em vários estados do país.
No Rio de Janeiro, o grupo se reuniu no Santos Dumont. Lideranças da PCERJ, PF, PRF, SEAP e DEGASE irmanadas na UPB-RJ (União dos Policiais do Brasil) protestaram contra a PEC6 (Reforma da Previdência), que não reconhece as peculiaridades da atividade policial.
O objetivo da manifestação, marcada para os dias 06 e 07 nos aeroportos é dar visibilidade à luta da categoria e fazer um trabalho de convencimento junto à população e os parlamentares sobre a proposta de aposentadoria diferenciada dos profissionais de segurança pública no texto da reforma previdenciária, que tramita na Câmara dos Deputados.
O grupo abordou rapidamente o senador Eduardo Lopes, que é secretário da Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento do RJ, e também o deputado federal, Alessandro Molon, que estavam prestes a embarcar. Eles se comprometerem a ler o texto entregue a eles que fala sobre a aposentadoria policial.
O diretor Raphael Ferrari, que foi representando o SINDPOL-RJ e a COLPOL-RJ analisou o encontro como positivo e disse que a partir de agora espera mais mobilização da categoria como um todo: “Hoje foi uma primeira atividade. Estamos aqui para cobrar a garantia de nossos direitos e não um privilégio. Se a PEC 06/2019 for aprovada, a vida do policial vai se tornar ainda mais penosa. Não vamos permitir que isso aconteça”, disse ele.
Marcelo Novaes de Andrade, vice-presidente do SinPPRF-RJ, também comentou: “É de suma importância o ato de hoje e todos os que ainda virão em face de tudo que se aproxima com a PEC 06/2019. Querem acabar com o pouco que já temos na categoria policial civil. Pelo menos o debate, a discussão tem que acontecer. Temos que mobilizar a opinião pública e os nossos parlamentares para falarmos sobre a especificidade da aposentadoria policial. Não estamos exigindo nada absurdo. Queremos sim a integralidade, a paridade, regras de transição. Nada disso é privilégio, não. É direito nosso e vamos cobrar nossos direitos.”
Iran Lopes, da ANSEF, também fez questão de se manifestar: “Fazemos questão de dizer que é um ato pacífico e legítimo. É um primeiro passo na trajetória de busca por alterações no texto da Reforma da Previdência, no sentido de pedirmos que ele seja justo não só para os militares mas também para toda os servidores da área da Segurança Pública.”
Gutembergue de Oliveira, presidente do Sind-Sistema, comentou: “Vejo essa manifestação encampada pela UPB-RJ como um caminho viável e muito correto de se abrir uma frente de diálogo com os nossos parlamentares. Não somos contra a Reforma da Previdência. Ela é necessária? Ok. Sabemos disso. Mas ela tem que ser feita de forma justa e levando em conta as especificidades dos profissionais da Segurança Pública. Estamos atentos e vamos cobrar nossos direitos”, disse ele acompanhado pelo colega do Sind-Degase, João Rodrigues, que concordava com a fala dele: “O texto da Reforma da Previdência veio totalmente destoante do que o governo propôs aos militares, por exemplo. Por que isso? Os militares se preparam para uma guerra nunca vinda. Mas nós da Segurança Pública encaramos essa guerra real e diária nas ruas do Rio de Janeiro e de todo o Brasil. Por isso, temos que ter nossas especificidades contempladas, sim. Esperamos, contamos que o governo nos atenda, claro. Até porque foi um governo eleito com apoio total dos profissionais da Segurança”, afirmou João.
Nesta terça-feira, 07/05, haverá mais manifestações pelos aeroportos do Brasil. No Rio de Janeiro, de novo, o ponto de encontro será na área de embarque do Santos Dumont, às 8h.
Contamos com vocês, policiais civis. Vamos lutar por nossos direitos!