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A Policlínica da Polícia Civil tem estrutura moderna, mas ainda faltam equipamentos e recursos

admin Comente 26.07.16 13742 Vizualizações Imprimir Enviar

Fábio Neira, presidente da Colpol-RJ e Hildebrando Saraiva, diretor da associação, visitaram na última quinta-feira (21) a recém-inaugurada Policlínica da Polícia Civil. Recebidos pela diretora-geral da policlínica, Sílvia Helena Pinto de Araújo, eles conheceram as instalações e fizeram questionamentos sobre o seu funcionamento.

“A policlínica tem uma estrutura moderna”, afirma Neira. Para o presidente graças a uma “admirável dedicação da diretora” a Polícia Civil tem um lugar que é importante para o trabalho de prevenção da saúde dos policiais e pode ser expandida para se tornar um hospital, com a implementação do atendimento de emergência, por exemplo. “A Colpol-RJ está envolvida nessa luta desde 2010, acompanhando o seu desenvolvimento e cobrando atitudes do governo”, conclui.

Mas a história da inauguração da policlínica teve muitas dificuldades. “Com o fechamento do nosso hospital, tivemos que passar quase cinco anos atendendo num ambulatório improvisado na Acadepol”, diz a diretora-geral. “Enfrentamos problemas na elaboração do projeto, na escolha do terreno, na licitação e nas obras”, continua. O último problema antes da inauguração foi com os recursos para adquirir equipamentos básicos e móveis (mesas, cadeiras etc.).  Uma parceria com a secretaria de Saúde resolveu uma parcela deles, permitindo a inauguração.  “Sem a aquisição de aparelhos para medir a pressão e a glicose não poderíamos estar funcionando agora”, diz Sílvia.

Para a diretora-geral o maior problema que a Policlínica da Polícia Civil enfrenta é a falta de recursos próprios. “Sobrevivemos de parcerias, não temos nenhum repasse do que é descontado dos policiais civis pelo RioPrevidência, por exemplo”, diz. “Ao contrário dos bombeiros militares e dos policiais militares, que têm parte desse desconto revertido para suas próprias instituições de saúde”, completa o raciocínio. Segundo Sílvia, isso faz com que a policlínica passe dificuldades para manter alguns serviços básicos e para fazer a manutenção do local. “Por exemplo, nosso mobiliário nos acompanha desde o Hospital da Praça Mauá”, afirma.

“Nossa luta agora deve ser para garantir recursos próprios para a policlínica”, afirma Neira. “A policlínica tem que funcionar a todo vapor e ser expandida”.

Confira abaixo os trechos mais importantes da conversa com a diretora-geral da policlínica, Sílvia Helena Pinto de Araújo.

IMPORTÂNCIA DA POLICLÍNICA

 “A prevenção é indispensável. Se você fizer o trabalho de prevenção, você vai diminuir o número de doenças futuras e, assim, diminuir o número de afastamentos e readaptações. E, o mais importante, vamos aumentar a qualidade de vida dos policiais. Num estudo que desenvolvemos com um universo de mais de 2 mil policiais em 2013; 40% deles têm sobrepeso, são hipertensos ou sofrem de diabetes.  Isso significa que em cinco anos essas pessoas vão estar sofrendo doenças cerebrais, doenças decorrentes do diabetes etc.”.

“Na policlínica os policiais civis são encaminhados para outros hospitais da rede pública. Nos casos cirúrgicos, por exemplo, os policiais vão ser transferidos daqui com tudo preparado”.

PLANO DE SAÚDE

 “A policlínica não pode ser vista como inimiga de um plano de saúde financiado pelo Estado para os policiais civis.  A saúde privada tem um papel complementar.  Eu fiz um projeto de plano de saúde, baseado numa parceria público-privada. Ele seria gerenciado pela própria policlínica, o que seria mais uma vantagem para a negociação com as empresas de saúde.  Para a lucratividade é indispensável a prevenção, e para isso teremos um boa policlínica. Nesse sentido, plano de saúde e policlínica não estão em oposição um ao outro, pelo contrário, são projeto complementares”.

FUNCIONAMENTO ATUAL

 “Por enquanto, a policlínica, situada na Rua Haddock Lobo, nº 60/62, atende de 8 às 17 horas, mediante marcação de consultas pelo telefone 23341354 e 985967540. Os atendimentos disponíveis são de clínica médica, proctologia, infectologia, urologia, angiologia, neurologia, ginecologia, dermatologia, ortopedia clínica, endocrinologia e otorrinolaringologia”.

“Não temos atualmente o serviço de psiquiatria e de cardiologia por falta de profissionais. Nos últimos anos perdemos mais da metade do nosso quadro. Hoje contamos com apenas 23 médicos”.

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